
O estado judaico foi fundado em 1948 e seu primeiro ministro inicial David Ben-Gurion foi um dos líderes do sionismo socialista e o fundador do Partido Trabalhista de Israel. Durante todo o seu mandato o estado esteve diversas vezes “flertando” com os soviéticos, visto que houve uma grande imigração judaica proveniente da Russia para a Palestina e também a sociedade israelense organizava-se em muitos “Kibbutz”, uma espécie de propriedades coletivistas que iam contra aos ideais capitalistas americanos e até hoje estão presentes no interior do país. O estado hebraico até a década de 60 estava sobre um isolamento perante ao mundo, já havia guerreado com os árabes e além da França, não havia mais alguma potência dando apoio aos judeus. As nações viam os estados árabes sendo muito mais atraentes que Israel, o petróleo que foi descoberto próximo aos países do golfo nos anos 30 já prometia virar uma importante comódite, e os países árabes, além do Irã, já estavam apostando muito nele. Pois o que então levou os Estados Unidos da América a apoiar um estado judaico recém criado que flertava com os russos em plena guerra fria e não tinha grandes reservas naturais?
O ponto de viragem foi a Guerra dos Seis Dias em 1967. Nesta guerra Israel temia que o Egito de Nasser iria atacar suas terras e então decidiu bombardar as forças militares egípcias enquanto ainda estava em solo, assim enfraquecendo muito o adversário e sagrando-se o grande vencedor. Esta atitude israelense deve-se ao fato de que o estado judaico é extremamente pequeno, e então não há espaço para recuo após uma invasão estrangeira. Se pegarmos um caso oposto, como a Russia por exemplo, ela ganhou a batalha contra os alemães na segunda grande guerra apenas recuando suas tropas pois havia imenso território na retaguarda, assim deixando os alemães cansados militarmente e com o clima jogando a favor dos soviéticos. Devido a área de Israel ser muito pequena, é preferível que eles ataquem o oponente antes do adversário os atacar. Outro fato importante da Guerra de 1967 foi que o país sagrou-se vencedor apenas com o seu arsenal interno e uma pequena influencia francesa, ainda não podia contar com apoio norte-americano. Isso deve-se ao fato de o país ter recebido inúmeros judeus cientistas de altíssimo nível que até então estavam na Europa ou EUA, o que ajudou bastante o desenvolvimento estratégico e militar do país.
Após a guerra, os norte-americanos demonstraram uma certa admiração pelos israelenses, que haviam vencido uma guerra sozinho, triplicando seu território, e principalmente devido a uma ajuda que os judeus deram aos EUA na Guerra do Vietname, visto que os aviões egípcios que foram destruídos eram de origem soviética e os mesmos que estavam sendo utilizados por Moscou na Indochina, portanto Tel-Aviv teve um imenso acesso a tecnologia militar dos soviéticos e deram inúmeras dicas ao exército americano que então ficara impressionado com o estado hebraico, assim começando uma longa parceria que entende-se até os dias de hoje.